Em 2014, as transações de vendas online obtiveram um faturamento total de R$ 39,5 bilhões, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Esse dado mostra que o e-commerce é um dos segmentos que mais cresce no Brasil. Veja mais sobre os números do e-commerce.
No entanto, o número de profissionais capacitados para trabalhar nessa área não cresce com a mesma proporção. A Universidade Buscapé Company e a E-bit realizaram uma pesquisa em 2014 com 347 lojas virtuais do país. O resultado da Pesquisa Profissional de E-commerce mostrou que 61% dos candidatos a uma vaga no e-commerce não atendem aos pré-requisitos necessários para o cargo desejado.
É esse mesmo cenário que vemos todos os dias no mercado: falta de preparação de candidatos às vagas abertas e falta de conhecimento das métricas de marketing digital. Como consequência temos uma grande retenção dos profissionais capacitados, o que gera uma inflação de salário.

Como enfrentar esse cenário?

Uma das alternativas encontrada por donos de lojas virtais é o de capacitar seus próprios especialistas, oferecendo treinamento da mesma forma que se faz em uma loja física, mas com um conhecimento mais técnico. Contratar uma pessoa com menos experiência permitirá que esse profissional cresça com o projeto.
A sugestão mais prática, nesse caso, é investir em cursos online. Existe uma variedade de cursos disponíveis, alguns completos e outros mais superficiais. No momento de escolher é preciso atenção. Veja sempre o número de horas que o programa vai oferecer, qual o conteúdo abordado e os comentários de quem já participou.
Outra prática importante para a capacitação é participar de grupos de discussão. LinkedIn e Facebook contam com grupos específicos e nichados para o Profissional de E-commerce. Nesses ambientes, profissionais podem compartilhar experiências com outras pessoas. Vale lembrar que esses grupos também são ótimos locais para os lojistas, que podem encontrar profissionais já capacitados.
Seguindo em frente, após conseguir captar e cultivar esse profissional de e-commerce, chegará a hora de retê-lo. Uma das técnicas mais eficazes para isso, além do valor salarial, é a comissão pelo desempenho de vendas online.
É importante ressaltar que, diferentemente do que acontece na loja física, não existe um limite para o número de clientes a serem atendidos online. Também é importante que o seu gerente de e-commerce veja o valor do trabalho que realiza, tenha orgulho do que faz e se apaixone pelo projeto. Isso ajudará na satisfação profissional em longo prazo.
Como última dica, destaco a necessidade do dono da loja virtual estar atento ao volume de trabalho e demandas submetidas ao gerente de e-commerce. A sobrecarga é um dos principais motivos para descontentamento no trabalho e deve ser evitado, quando possível. Invista em assistentes. Esses novos funcionários darão continuidade ao seu ciclo de capacitação e também ajudarão a sua loja virtual a crescer.

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Cristiano Chaussard é diretor de Tecnologia e Relacionamento da Flexy Negócios Digitais e presidente da ABComm/SC (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico em Santa Catarina).

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