Por Lucas Zwart. O termo Conteúdo nunca esteve tão em evidência no atual cenário do mercado digital brasileiro, mas muitas marcas ainda estão aprendendo em como falar com seus públicos-alvo de forma assertiva, no intuito de construir um relacionamento positivo via a criação e distribuição de conteúdo no meio digital, sem fugir do formato publicitário ou do famoso “jabá”.
Antes de se pensar em criar qualquer conteúdo para qualquer plataforma digital, deve-se ter em mente o entendimento claro do público que vai assistir o conteúdo, qual a mensagem a ser transmitida, qual a experiência que se deseja vivenciar e quais os KPI’s da iniciativa.
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Uma recente pesquisa feita pela Cisco, mostra que 60% dos telespectadores ainda se lembram de um vídeo mesmo depois de 72 horas, e de um simples texto, apenas 10%. O nosso cérebro absorve muito mais informações de um vídeo do que de um texto, mesmo inconscientemente, justamente por usarmos mais sentidos ao mesmo tempo. Nós veremos cada vez mais vídeos nos sites pelo mundo afora.
Segundo a própria Cisco, em 2017, 70% do tráfego da internet será em consumo de vídeo. É um mercado gigante, desconhecido e a ser desbravado pelos profissionais de marketing e comunicação. Conteúdo em vídeo online deve basicamente atrair, entreter e satisfazer a expectativa do público que escolheu assistí-lo.
São basicamente quatro pontos que faz com que uma pessoa clique em um conteúdo de vídeo inicialmente:
1- o título,
2- o primeiro take da imagem,
3- o assunto e lugar onde o vídeo foi publicado
4- e como este conteúdo é exposto, com texto complementando a imagem.
A permanência do público que vai assistir ao conteúdo vai depender de fatores como linguagem, formalidade ou informalidade, duração, os assuntos abordados e como eles são mostrados, que por sua vez dependem obviamente do tipo de público que se quer atingir.
Diferentemente da TV, os vídeos online já nasceram digitais e com o conceito everywhere anytime: estão disponíveis em todos os lugares, inclusive na TV, nos computadores, celulares e tablets, Out of Home, e a qualquer hora do dia.
No ambiente das marcas, dois pontos são importantes com relação a este tema. Primeiro, o conteúdo em vídeo no meio digital já é relacionado às redes sociais, ou seja, o fator interatividade é real e os feedbacks são imediatos. O segundo ponto é a distinção entre conteúdo publicitário e Content Marketing.
O conteúdo publicitário notoriamente segue uma linha de comunicação mais direta ao público-alvo, seja para vender um produto, seja para construir uma imagem da marca na cabeça do consumidor.
No caso do Content Marketing, tal linha de comunicação deve ser mais sutil e aqui a naturalidade deve ser imperativa. Termos como Branded Content e Native Advertising também se encontram nesta seara, porém com algumas diferenças de semântica que não são o foco desta discussão.
Encontramos no mercado alguns exemplos de Content Marketing para as marcas, que são os Publieditoriais, Tutoriais, Webseries, Wiki com conteúdo de terceiros, Referrals por YouTubers e donos de canais de conteúdo, Product Placement, entre outros.
O desafio que se coloca a frente é como acelerar o entendimento e a correta criação e desenvolvimento de conteúdo relevante para as marcas no meio digital. Novos formatos, mais interatividade, mais respostas e algo que as pessoas queiram prestar a atenção.
O melhor a se fazer agora é criar, testar, arriscar e ser rápido. E logo mais o “comercial” estará de uma forma ou outra dentro do próprio conteúdo. Editorial e comercial, juntos e misturados, sem nenhum problema.
Bem vindo à era da Televisão Online. Mais rápida, interativa e responsiva. Do jeito que o consumidor quer.
Texto publicado no portal IAB Brasil
Lucas Swart é Head de Conteúdo e Editorial da Zoomin TV e membro do comitê de Vídeos do IAB Brasil.
E-mail: [email protected]
1 Comment
Parabéns pelo post. Realmente os vídeos são uma forma a mais para trazer possíveis clientes. Eu vejo pelo meu negócio, fiz um vídeo de apresentação de um produto específico e já obtive um bom retorno. Hoje em dia com toda tecnologia envolvida quanto mais “cartas nas mangas” tivermos melhor.