SETOR DEVE FECHAR O ANO EM ALTA, IMPULSIONADO POR PEDIDOS DE BENS NÃO DURÁVEIS E DE MENOR TÍQUETE MÉDIO
O e-commerce brasileiro faturou R$ 26,4 bilhões no primeiro semestre de 2019 e obteve crescimento de 12% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou receita de R$ 23,6 bilhões.
O número de pedidos aumentou 20%, passando de 54,4 para 65,2 milhões de compras, e houve registro de novos entrantes: 18% dos consumidores tiveram a sua primeira experiência de compra online. Neste período, também se confirma a consolidação do comércio eletrônico como canal de vendas em eventos sazonais como Carnaval, Dia das Mães e Dia dos Namorados.
Por outro lado, mesmo apresentando um cenário positivo no semestre, registrou-se uma queda de 7% no ticket médio, reduzindo de R$ 433 para R$ 404.
Considerando obstáculos como a revisão do PIB, incertezas geradas pela instabilidade econômica e taxa de desemprego, que permanece elevada, a expectativa é que o segundo semestre seja melhor que o primeiro e que 2019 feche com vendas de R$ 59,8 bilhões, expandindo 12% diante dos R$ 53,2 bilhões registrados em 2018.
Os pedidos também devem permanecer crescendo, atingindo a marca dos 144 milhões, 18% acima do observado no período anterior. Entretanto, espera-se que o ticket médio aponte queda de 4%. Temos observado a permanência do Brasil na rota do e-commerce com produtos de bens não duráveis, que, em sua maioria, estão enquadrados nas categorias de menor tíquete médio, o que justifica essa contraposição.
Esses dados constam na 40ª edição do relatório Webshoppers, relatório de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro, que será divulgado oficialmente no mês de agosto.
Texto publicado anteriormente no site da Nielsen Brasil.
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