Previsão para 2019 é de crescimento de 15%, com categorias como cosméticos e moda puxando a aceleração.
Em um ano em que todos os setores econômicos sentiram direta ou indiretamente os efeitos de grandes eventos, como Copa do Mundo e eleições, e sofreram os reveses causados pela greve dos caminhoneiros, o comércio eletrônico manteve a curva de crescimento em 2018, registrando faturamento de R$53,2 bilhões, alta nominal de 12% na comparação com 2017.
Foram 123 milhões de pedidos realizados pelo e-commerce, 10% a mais do que no ano anterior. O tíquete médio de compras foi de R$434, ligeira alta de 1%. A informação é da Ebit|Nielsen, referência em informações sobre o e-commerce brasileiro.
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Para 2019, a expectativa é de expansão de 15%, com vendas totais de R$61,2 bilhões. Os pedidos devem ser 12% maiores, 137 milhões, e o tíquete médio deve ser de R$447, aumento de 3%.
“A entrada de novos e-consumidores e a expansão do mercado de dispositivos móveis/banda larga no Brasil, e da migração do varejo offline para o online”, afirma Ana Szasz, líder comercial para Ebit|Nielsen.
O faturamento do e-commerce em 2018 ficou praticamente em linha com o previsto no relatório Webshoppers 38 (relatório de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro), divulgado em agosto, no qual a expectativa era de R$53,4 bilhões de faturamento, 120 milhões de pedidos e R$445 de tíquete médio. A próxima edição do documento deverá acontecer no dia 25 de março.
“Registramos mais pedidos do que o previsto e, em compensação, menor tíquete médio, mas esse é um excelente indicador, pois é reflexo direto da chegada de novos consumidores – cerca de 10 milhões em 2018 – e do perfil de consumo. Categorias como cosméticos/perfumaria e moda lideraram o ranking das mais pedidas e se caracterizam por maior recorrência e pedidos de menor valor. Essa é uma tendência que também deve se manter forte para 2019”, diz Ana Szasz.
O crescimento também reflete a grande ebulição do setor em 2018, com a entrada de novos players, fusões e aquisições e a consolidação do modelo marketplace.
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“Alguns dos principais varejistas reportaram crescimento acima da média e ganhos de participação, mas é importante lembrar que a cauda do e-commerce é verdadeiramente muito longa e da importância do marketplace para consolidar as vendas dos pequenos e médios players, dando sustentação a toda a cadeia”, afirma.
Porém, dois grandes eventos impediram que o crescimento de 2018 fosse ainda mais expressivo.
“Além da greve dos caminhoneiros, que represou cerca de R$407 milhões em compras, prejudicando as vendas da Copa do Mundo e Dia dos Namorados, a instabilidade do período pré-eleitoral também impactou as vendas.
O segundo e terceiro trimestres ficaram abaixo do previsto, mas como as vendas mantiveram-se aquecidas no início do ano e tivemos a melhor Black Friday da história, com vendas muito acima da expectativa, o e-commerce fechou o ano com um crescimento sólido e sustentável e tudo indica que o quadro deve se manter para 2019″, explica.
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