Você já sabe o que é SEO, ok. Mas como iniciar a aplicação dessas técnicas no meu site?
É uma dúvida comum que enfrento em meu dia a dia. São diversos clientes perguntando como funciona na prática e o que pode ser feito internamente para acelerar os resultados. Bom, se fosse fácil, não haveria tantas startups e ecommerces investindo cada vez mais em Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo, duas metodologias baseadas em SEO.
A questão é que não basta querer ser um site otimizado. É preciso saber fazer.
E há alguns pormenores que devem ser observados para que os resultados sejam atingidos dentro do prazo e sem aumentar ainda mais os custos. Se você está disposto a fazer a otimização do seu site, esse é um guia completo com tudo o que você precisa fazer para montar uma lista de ações completa.
Como quero ser prático, nem vou me alongar mais. Vamos direto ao ponto. Aos pontos, aliás. Nesse artigo citarei as melhores práticas e estratégias de SEO On-page e Off-page para você dar os primeiros passos.
Fiz com muito cuidado e baseado nas dúvidas mais comuns de clientes.
Espero que gostem, de verdade!

SEO On-page

SEO On-page é tudo aquilo que pode ser feito internamente para otimizar seu site.
Isso quer dizer: estrutura HTML, conteúdo, tags, imagens, landing pages, listas de palavras-chave, otimização, meta description, etc.
Você deve estar atento a muitas coisas para não deixar nada passar. Por isso, nesse conteúdo, irei direto ao ponto, citando todos os fatores que você deve por em seu checklist para ter um site totalmente otimizado em SEO.
Vamos lá!

1. Pesquisa de palavras-chave

Ranquear nas palavras-chave importantes para suas personas é a primeira etapa do planejamento SEO. É nesse momento em que você delimita seu público e faz com que seu conteúdo seja encontrado apenas por quem potencialmente pode chegar até a outra ponta da jornada de compra. Ou seja: possíveis consumidores da sua empresa.
Mas como fazer essa pesquisa de palavras-chave na prática? Irei explicar!
Primeiro, você vai precisar de uma boa ferramenta de pesquisas. Um lembrete: provavelmente, caso você tenha planos ambiciosos, terá que investir em uma ferramenta paga. Sendo bem sincero, caso você faça um trabalho competente, é um investimento que irá se pagar em menos de um ano.
Continuando.

Encontrando as palavras-chave ideais

Nessa etapa, recomendo sem medo o Keyword Planner, do Google Adwords.
Para sua surpresa, é de graça. Você só precisar ter uma conta do Analytics em seu site para usá-lo.
A pesquisa funciona de forma muito simples. Você digita um termo específico para pesquisar e a ferramenta lista milhares de termos relacionados que usuários do Google costumam utilizar em suas pesquisas.
Por exemplo: digite “pisos de borracha”. Os resultados serão: “pisos emborrachados”, “o que é piso de borracha”, “onde comprar piso de borracha”, “piso de borracha para academia”, etc.
Além das palavras, como ferramenta de SEO que se preze, o pesquisador de palavras-chave do Adwords também indica a concorrência do termo para ranquear bem, o volume médio mensal de buscas e o CPC – custo por clique – para criação de anúncios.
Na imensa maioria dos casos, o Keyword Planner irá quebrar seu galho.
No entanto, caso você não tenha uma ideia de palavra-chave por onde começar, serão necessárias outras ferramentas.
Outra gratuita fornecida pelo Google é o Webmaster Tools ou Google Search Console.
Essa ferramenta faz um raio-x completo do seu site. A grande vantagem, para quem não tem um ponto de partida, é saber por quais palavras-chave os visitantes chegam até sua página.
Ela te dá uma lista completa, das palavras que trazem mais tráfego até os termos que trazem menos.
Obviamente, você deve reforçar seu foco em se posicionar ainda melhor nos termos que lhe trazem mais visitantes. Aproveite para jogar esses termos no Adwords e observar o potencial deles: se uma palavra que tem 1000 buscas por mês atualmente lhe traz 100 acessos, seu primeiro esforço deve ser melhorar seu posicionamento nela, para que consiga até 300 acessos, por exemplo.
Essas duas ferramentas devem bastar para uma listagem inicial de palavras-chave.
Mas para refinar o trabalho e ampliar seus horizontes, não há como abrir mão de ferramentas como SemRush e Moz. O diferencial delas é fornecer dados completos sobre as palavras-chave utilizadas por concorrentes diretos e indicar todos os dados possíveis sobre esses termos.
Dificuldade de indexação, volume de buscas, CPC, concorrência, posicionamento do seu site na palavra-chave, posicionamento dos concorrentes, etc. Quer dizer: o mínimo que você precisa fazer para montar uma lista de palavras-chave a serem trabalhadas nos conteúdos do seu site é indexar em todos os termos que seus concorrentes estão.
Claro que você não precisa focar em todas ao mesmo tempo. Felizmente, ao indicar a url do site concorrente, é possível descobrir as palavras que mais trazem tráfego ao site. Dê prioridade a elas no início do seu planejamento de SEO e depois expanda seu raio de alcance. É sempre importante lembrar que o planejamento de persona é fundamental aqui.
Já aconteceu comigo de me preocupar tanto em ranquear nas mesmas palavras do concorrente, que acabei caindo no mesmo erro deles. Às vezes, o público pesquisa por algo totalmente diferente no Google e nem eu, nem eles, conseguíamos atingir essas pessoas.
Por isso, não siga seus concorrentes cegamente. Copie seus acertos e busque descobrir suas falhas, para transformá-las em uma vantagem do seu negócio.
Faça a pesquisa das palavras-chave que os concorrentes estão bem indexados, sim. Mas depois faça a sua!

2. Crie conteúdo otimizado

Agora que você já tem a lista de palavras-chave, hora de partir para o conteúdo. Isso quer dizer: produzir novos e otimizar os que você já tem.
Como produzir um conteúdo otimizado em SEO? Sendo relevante para o público e o Google. A melhor forma de conseguir um bom posicionamento é produzindo um conteúdo melhor do que os seus concorrentes. Mais informativo. Mais bem escrito. Mais otimizado.
Há alguns anos atrás, era mais fácil “forçar a barra” para conseguir o primeiro lugar do resultado de buscas. Repetir “mil” vezes a palavra-chave no conteúdo era um dos truques que formavam o “black hat SEO”.
No entanto, visando refinar sua pesquisa e oferecer mais qualidade aos usuários, o maior mecanismo de buscas do mundo tratou de sofisticar seus robôs. Há uma série de fatores que são levados em conta, além da utilização das palavras-chave.
Vamos citar os principais.
Crie conteúdo com mais de 1500 palavras
Atualmente, os primeiros resultados para as buscas são conteúdos com entre 1500 e 2000 palavras. É uma forma dos robôs do Google descobrirem se o texto é aprofundado sobre o assunto.
Portanto, sabe aquela estratégia que você já deve ter ouvido falar, de produzir um calhamaço de textos pequenos e curtos, utilizando o maior número de palavras-chave possível?
Ainda dá certo. Em curto prazo. Em longo prazo, pode dizer adeus às suas tentativas de indexação. Mas você pode argumentar? Então basta utilizar um gerador de caracteres para textos longos e pronto? Não!
O fato do texto ser longo permite que você utilize outros headlines – subtítulos – ao longo do texto e termos referentes ao assunto. São justamente esses termos específicos que dizem ao Google sobre o que aquele conteúdo trata.
Quanto mais longo e bem escrito, provavelmente maior a variedade de palavras relacionadas usadas ao longo do texto, certo? É aí que esses materiais se diferenciam. O sistema de avaliação do Google identifica esses termos. Você ganha pontos com isso.
Caso seu conteúdo seja bom, provavelmente as pessoas ficarão mais tempo em sua página, irão comentar e compartilhar seu material.
É a união entre esses dois fatores – a otimização para o Google e a qualidade para o público – que farão seu conteúdo conquistar um bom posicionamento, em conjunto com os outros tópicos que abordaremos a seguir.

3. HTML e formatação

A estrutura do site também é um fator primordial no SEO.
Suas páginas precisam ter tags de títulos (H1, H2, H3, etc), alt text para imagens, meta description, urls inteligentes, compatibilidade para dispositivos móveis, tempo de carregamento rápido e certificados de segurança.
Title tags
As tags de título indicam sobre o que seu conteúdo se trata. É por essa hierarquia que os robôs do Google leem os textos do site.
Por isso é fundamental que o H1 contenha a palavra-chave. Da mesma forma, os headlines (H2, H3, H4, H5, etc) devem ser vários e incluir os principais termos relacionados.
Assim o Google percebe do que o texto se trata e o aprofundamento dele.
Alt text para imagens
O alt text nada mais é do que o texto que aparecerá caso a imagem não carregue. Se para o leitor o que importo é a imagem, para o Google a única forma de lê-la é através do alt text.
Por isso também é fundamental que pelo menos uma das imagens do conteúdo contenha a palavra-chave. No entanto, as outras devem ser o mais descritivas possível.
Exemplo: um blog post sobre “10 dicas de alimentação saudável”. O alt text da imagem capa pode ser “lista de dicas de alimentação saudável”. No entanto, caso o restante sejam fotos de tomates, verduras, alimentos saudáveis e orgânicos, o ideal é você utilizar exatamente essas palavras na descrição.
Assim o Google também saberá que são termos relacionados e seu conteúdo ganhará credibilidade.
Meta description
A meta description é aquele texto que aparece abaixo do título do conteúdo nos resultados das pesquisas. É fundamental que seu meta description seja “vendedor”. É sua chance de conquistar o leitor. A dica é ir direto ao ponto e entregar tudo o que o conteúdo irá comentar.
Caso você não tenha ideia, mais uma vez, recorra à concorrência. Veja as meta descriptions dos primeiros colocados, ofereça tudo o que eles dizem ao leitor e algo a mais. E não esqueça de inserir a palavra-chave sempre!
URLs inteligentes
A URL da página também deve conter a palavra-chave. É essencial.
Não precisa ser muito longa, com o título inteiro do blog post. Simplifique e utilize apenas a palavra-chave, quando possível.
Design responsivo
Bem mais da metade dos acessos à internet são feitos por smartphones. Portanto, cada vez mais o Google considera o desempenho de sites nesses devices para checar se são confiáveis.
O Google Webmaster Tools, que já comentei aqui, também faz um raio x da performance responsiva do seu site. Ele indica os erros, para que você possa corrigi-los. Certifique-se que seu site seja mobile friendly.
PageSpeed
O tempo de carregamento das páginas também é um fator considerado pelo Google para avaliar a qualidade do site.
Utilize a ferramenta gratuita de análise Website Grader para verificar se o page speed do seu portal é aceitável e quais melhorias podem ser feitas. Você só precisa colocar a url da sua página e preencher um formulário bem curtinho.
A análise é bem completa, embora algumas funcionalidades para melhoria imediata só sejam possíveis com a versão paga. No entanto, você consegue fazer isso com sua equipe de desenvolvimento sem problemas.
Imagens pesadas e excesso de código são os motivos mais comuns para deixar a entrada na página muito lenta, o que afasta muitos, muitos mesmo, visitantes.
Certificados de segurança
Recentemente o Google também passou a valorizar sites com certificados SSL ou HTTPS.
São garantias que dão um certo trabalho para conseguir – são pagas também, mas muito bem-vistas pela plataforma. Em uma semana você consegue implementar essa nova url, o que também traz mais segurança para seus usuários, sobretudo no caso de e-commerces.
É muito mais fácil implementar o certificado de segurança em sites que ainda estão sendo construídos, pois a quantidade de urls é bem pequena. Sites grandes também não enfrentam muito problema, então, não se preocupe. Só é preciso garantir que o redirecionamento automático seja feito corretamente, em todas as páginas já existentes.

SEO Off-page

Agora que você melhorou as páginas internas do seu site, é hora de trazer relevância a partir de links externos. Esse é o diferencial de uma boa estratégia de SEO e a forma mais rápida de tornar seu site referência do mercado.
Entenda como!

Conquiste a confiança do Google

O PageRank do Google leva em consideração aspectos não relacionados diretamente ao conteúdo da sua página.
É o caso da autoridade de domínio (Domain Authority) e a autoridade de página (Page Authority). O domain authority é a medida que diz o quanto seu site é relevante. Quanto mais conteúdos bem indexados e mais conteúdos externos que linkam para seu site, maior seu domain authority.
O page authority é referente apenas a uma página específica. Se você indexa um conteúdo em primeiro lugar para uma palavra-chave importante, mais links externos serão direcionados a essa página, que, por sua vez, aumentará o page authority.
Mas não se trata apenas de backlinks.
A autoridade está ligada também ao tempo de existência da página. Sim, o Google leva em conta a idade do seu negócio em território digital, ainda que não seja tão relevante assim.
O fator primordial mesmo é a taxa de rejeição.
Taxa de rejeição
A taxa de rejeição é calculada sobre a quantidade de vezes em que um usuário entrou no seu site em uma determinada página e saiu sem interagir. Isso quer dizer: não clicou em nenhum link, nem abriu qualquer outro conteúdo.
O Google entende que não havia nada mais interessante e que seu site não resolveu o problema desse usuário, tirando pontos seus. Às vezes, como disse anteriormente, o tempo de carregamento e problemas no HTML também são responsáveis por esse tipo de desistência do visitante.
A taxa de rejeição é informada no Google Analytics. Então, dê sempre uma olhada nessa métrica em suas páginas mais acessadas para garantir que nada de errado esteja acontecendo.

Backlinks e link building

Link building é a parte crucial da estratégia de SEO. Por melhor que sejam seus conteúdo e estejam bem ranqueados, há um enorme potencial de tráfego que pode ser alcançado por meio de conteúdos planejados em parceria.
Pense que você oferta um serviço para um público A. Esse público A, além dos seus serviços, pode procurar também por outros tipos de produtos, para resolver outros problemas. Por que não aparecer também em páginas relevantes desses outros produtos que ele pode estar procurando e surgir como uma solução que a persona ainda não despertou?
É disso que se trata uma estratégia de backlinks bem pensada. Estar onde seu público está e atraí-los para sua página, em parceria com sites realmente relevantes.
Como encontrar esses sites?
O ideal é montar uma lista com todos os links que podem ser úteis ao seu negócio. Eventualmente você não conseguirá montar parcerias com todos. Por isso é importante ter um leque de alternativas.
Uma das melhores ferramentas para essa missão é o Ahrefs.
Você pode usá-la gratuitamente para testar suas possibilidades. Aposto que vai querer pagar depois.
Os fatores que você deve levar em conta são:
Qualidade dos links
Utilize o Ahrefs para encontrar as páginas mais relevantes, para o público e o Google, nos assuntos que lhe interessam. O passo seguinte é descobrir autores mais frequentes e tentar entrar em contato. Mande um e-mail e sugirá uma troca de guest posts frequente, talvez de um conteúdo por mês.
Mostre que os dois tem a ganhar, afinal, se você tem um bom site, o convidado também terá um aumento de relevância. Aproveite para deixar comentários nas páginas mais visitadas dos parceiros, com links para seu site também. É uma estratégia antiga, mas que ainda funciona bem!
O material produzido deve ser super compartilhável. Você e o convidado devem divulgá-lo prioritariamente. Assim o alcance torna-se ainda maior, para os dois envolvidos.
Texto âncora
O texto âncora nada mais é do que as palavras utilizadas como hiperlink. Nunca coloque o link em “veja mais aqui” ou “nessa página”.
O ideal é utilizar termos relacionados, sinônimos da palavra-chave ou a keyword específica do conteúdo que está sendo linkado.
Quantidade de links
Obviamente que quantos mais sites usam você como referência – linkam para seus conteúdos -, provavelmente mais confiáveis seus textos são para potenciais usuários.
Isso tem um peso enorme para os mecanismos de busca.
É a principal maneira deles saberem que seu conteúdo é a maior referência no meio digital sobre aquele assunto ou keyword.

Dicas extras

Bom, você leu o material até o final.
Espero que realmente tenha sido útil.
Para ajudar ainda mais, reforçarei as ferramentas que você pode utilizar para montar sua estratégia:

  • Keyword Planner
  • SemRush
  • Moz
  • Google Search Console
  • Website Grader
  • Ahrefs
  • WordPress (com plugin Yoast ou All-In-One SEO).

Queria citar o WordPress como uma última dica. Sabe todas essas dicas que dei sobre formatação, tags, title, meta description e alt text? Então, alguns templates – inclusive gratuitos – do CMS para utilizado para criação de sites no mundo, condensam essas informações em campos para preenchimento.
Tudo isso usando um dos plugins que citei: Yoast ou All-In-One SEO.
Além disso, os templates do WordPress são feitos para serem otimizados e terem uma melhor performance de acordo com os padrões cobrados pelo Google. Portanto, recomendo fortemente que você utilize o WordPress como plataforma do seu site, inclusive recorrendo a uma migração.
É isso pessoal, foi minha última dica nesse artigo. Agora vocês estão prontos para por a mão na massa.
Qualquer dúvida, não deixem de entrar em contato. Somos especialistas em estratégias SEO e não temos problemas em compartilhar nossos conhecimentos.
Obrigado!

Author

A Ciclo Agência Digital é uma agência data-driven, possuímos diversas soluções para as empresas que desejam aumentar seus resultados através de tráfego, conversão e dados. Seu modelo de negócio é e-commerce, SaaS ou até mesmo uma Startup, teremos o prazer em atendê-lo.

7 Comments

  1. Adorei este artigo, muito bem escrito e muito valioso!!!
    Valeu pelas dicas, principalmente para quem está começando nesta área.
    Me encantei com SEO e estou engatinhando ainda.
    Valeu mesmo.

  2. Vocês deram bons insights, eu sempre travei em tudo que se relacionava a SEO, mas vocês desfizeram esse nó na minha cabeça, rs, um grande abraço e sucesso
    PS: Ainda estou aprendendo SEO off-page com a ajuda de vocês.

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