A Internet das Coisas está em transição de um mero conceito acadêmico para a realidade empresarial.
A mobilidade e a conectividade ilimitada das pessoas com o mundo ao redor, por meio do uso dos dispositivos móveis, já é uma realidade e o crescimento dessa tendência é uma das principais apostas de empresas focadas no futuro.
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Mais conexão
Outro fator que impulsiona este movimento é o crescimento do acesso à internet no mundo. A ideia de disponibilizar conexão, em todos os lugares, para facilitar o acesso de grande parte da população mundial vem ganhando musculatura e estimulando companhias a investir pesado na infraestrutura necessária.
Segundo o professor Michael Nelson da Universidade de Georgetown Communication, Culture & Technology e Diretor de Tecnologia Internet da IBM, dentro de 5 a 10 anos haverá mais de 100 bilhões de objetos conectados em rede.
Para citar um exemplo prático da aplicação do conceito da Internet das coisas, suponha que você tenha acabado de chegar a sua casa e deseja tomar um copo de suco, mas ao abrir a geladeira, percebe que a caixa de suco que você havia comprado há alguns dias está próximo de acabar.
Se essa mesma caixa estivesse conectada por um chip a uma rede de informações, ela poderia enviar uma mensagem ao supermercado mais próximo, que entregaria uma nova caixa na sua casa, evitando frustrações.
É disso que se trata a Internet das Coisas: criar sistemas e ferramentas que “emprestem” mais inteligência aos objetos para que eles possam “conversar” entre si e tornar nossa vida mais fácil.
Esta consciência instantânea é uma das promessas mais sedutoras da Internet das Coisas e abrange tanto os bens de consumo duráveis como as máquinas pesadas, roupa ou até mesmo perecíveis, que vão desde alimentos a indústria farmacêutica.
Com o desenvolvimento da conectividade dos objetos as pessoas terão a certeza que é possível saber onde está qualquer coisa e a qualquer momento.
Radiofrequência
Há várias ferramentas capazes de armazenar a história dos objetos, como os velhos códigos de barra ou os sensores wireless, mas a que vem sendo mais utilizada na pesquisa de Internet das Coisas é a tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência), que rastreia coisas por meio de ondas de rádio e, geralmente, é acoplada aos objetos por meio de uma simples etiqueta.
Porém muito ainda precisa ser feito para consolidar a comunicação inteligente de máquina para máquina. O maior desafio é a conexão entre os objetos e uma rede externa onde eles possam buscar dados e, assim, potencializar sua funcionalidade.
Pensando ainda no exemplo do suco: atualmente, a fábrica e o supermercado conseguem controlar cada unidade produzida e vendida, pois eles já estão identificados. Mas, quando o produto chega à casa do consumidor, esses dados não são usados para mais nada e, atualmente, não é possível coletar novos dados sobre o produto.
Esse problema estará solucionado quando os produtos puderem devolver a informação processada de diferentes pontos, até mesmo da casa do consumidor.
A proliferação de “objetos inteligentes em rede” já orienta as práticas da engenharia civil e da arquitetura naquilo que hoje é chamado de “prédios inteligentes”.
Edifícios com sensores e dispositivos conectados por uma rede IP são capazes de “sentir” o ambiente interno e externo, adaptando ventilação, iluminação, uso de água, escadas rolantes e elevadores de acordo com parâmetros sustentáveis para consumo de energia.
Como podem ver na imagem acima, as Geladeiras inteligentes são um bom exemplo, que pode significar grandes oportunidades dentro da vanguarda do E-commerce. Para entender melhor sobre o conceito de Internet das Coisas, compartilharmos o vídeo abaixo da TV Estadão.
Os jornalistas conversam um pouco mais sobre as possibilidades que a tecnologia pode proporcionar. Assista: