Não é de hoje que a indústria dos games vem elevando seus níveis de interação com o usuário ao ponto de lhe proporcionar experiências de verdadeira imersão no jogo. E a área da educação tem também usufruído dessa possibilidade de didática interativa.
Se já podíamos aprender a dançar ou tocar guitarra jogando, com o Minecraft, game com blocos semelhantes aos de Lego, podemos construir praticamente tudo. Nele, é possível receber noções de geometria, matemática e química, o que estimula a imaginação de forma divertida e interativa. E para conseguir gerar os blocos o usuário ainda deve coletar recursos da natureza, ampliando os desafios e possibilidades do game.
Tal vastidão de possibilidades fez com que o jogo já seja utilizado por mais de mil escolas no mundo, onde professores convidam alunos a explorarem sua imaginação, tudo de maneira atrelada aos conteúdos das aulas. Isso representa o rompimento do paradigma de monólogo dos professores e da passividade dos alunos. Aliás, rompimento que tende a evoluir para uma legítima fissura, uma vez que observamos novas maneiras de disseminação de conteúdos e da maneira de educar surgindo em diversas áreas, graças ao desenvolvimento das tecnologias.
Para termos uma melhor noção das possibilidades deste jogo, já há uma parceria entre a Mojang, empresa sueca desenvolvedora do game, e a ONU em prol da revitalização colaborativa de espaços urbanos ao redor do mundo. A primeira experiência ocorreu no playground Undugu, no Quênia.
Veja na ilustração abaixo outras disciplinas que também fazem uso do Minecraft:
Este cenário de interatividade deve, portanto, seguir crescendo e ditando os caminhos no mundo digital. Mundo este que, cada vez mais, se confunde com o próprio mundo real.
Saiba mais sobre o game e todos os projetos que já vem mobilizando ao redor do mundo http://minecraftedu.com/
Fonte: Folha
Falamos um pouco mais sobre didática e evolução de técnicas de ensino recentemente: Educação com tecnologia funciona melhor? Conheça a Khan Academy.