Por Rick Chavie. A indústria do varejo é uma das mais visadas para fraudes e violação de dados. De acordo com a pesquisa da Verizon sobre Violação de Dados em 2013, cerca de um quarto das violações em 2012 afetaram o varejo e os restaurantes, o segundo principal setor da lista, atrás do de finanças.
Uma das razões pelas quais a indústria do varejo é tão atrativa para os que cometem esse tipo de crime é que toda transação tem o potencial de fornecer diferentes tipos dados de cartões de crédito e débito dos consumidores, e isso pode acontecer se a tecnologia da loja estiver infectada ou se o dado estiver armazenado em algum lugar na companhia.
E, contrário ao que você pode pensar, os varejistas físicos que implantam cuidadosamente softwares de POS (ponto de vendas) para lidar com atividades críticas de checkout na loja, geralmente têm lutado mais do que os varejistas online, pois esses têm atualizações frequentes para suas aplicações de compras e pagamentos para proteger os dados sensíveis e informações bancárias do consumidor.
Software pré-internet no mundo hacker em tempo real
Se o design de seu software stack de loja é da era pré-internet, quando era normal levar meses para atualizar os softwares de POS a partir de CDs (com sistemas de POS tendo um ciclo de vida de 10 ou mais anos, sistemas como esses ainda estão em operação!), como você responderia efetivamente aos ciberhackers de hoje, que continuamente invadem seu ambiente procurando por vulnerabilidades?
E, mesmo se você identificar uma brecha, consertar o POS dentro de uma grande cadeia pode levar semanas ou meses. Como um hacker, claro, você quer ‘seguir o dinheiro’ e atacar marcas famosas como Target, Neiman Marcus, Home Depot, Michael’s e agora a Staple, assim como JP Morgan Chase, por isso é difícil evitar riscos quando os varejistas e bancos estão expostos. Ironicamente, vemos os clientes optando por pagar em dinheiro para evitar exposição quando compram em lojas físicas!
Mais do que nunca, os varejistas devem apostar em tecnologia de ponta, ou correm o risco de perder reputação no mercado. O motivo? Os compradores pararão de seguir as marcas que não cuidam da proteção dos seus dados e informações. Um estudo feito pela Software Advice descobriu que mais de três quartos dos consumidores estariam menos dispostos ou completamente relutantes em comprar de uma empresa que já comprometeu seus dados pessoais.
De fato, você pode estar surpreso ao descobrir que a maioria dos consumidores consideram as transações online mais seguras que as dos POS físicos, segundo o estudo recente pela ACI Worldwide e Aite Group. O crescimento do e-commerce no varejo tem muitas razões para continuar, com a demanda dos consumidores por simplicidade e segurança no mesmo lugar. Para o varejo omni-channel funcionar, a loja física precisa acompanhar.
A corrida por atualização
Ainda há alternativas emergindo para os varejistas omni-channel. Espera-se, por exemplo, que o ApplePay tenha um ótimo impulso promocional, pois adiciona não apenas a tokenização, mas a impressão digital e criptografia à transação. E, novamente, se você está vindo do mundo do e-commerce, fica a pergunta: por que você precisa mesmo do POS?
Eu acredito que a convergência dos mundos digitais e físicos acontecerá mais rápido que qualquer um pensa. E os sistemas POS estão com os dias contados por causa dos tablets móveis e dos celulares, e eventualmente será preciso confiar no celular do próprio cliente para iniciar o aviso de pagamento ao varejista. Sem que precise entregar nenhuma das Informações de Identificação Pessoal (PII) do cliente para tecnologias in-store.
Independente dos avanços, esse autor acredita que existirá uma contínua queda de braços – varejistas e provedores de pagamento desenvolvendo, cada vez mais, métodos seguros, incluindo a criptografia fim a fim, e os hackers desenvolvendo sempre ferramentas sofisticadas para encontrar brechas. Claro, que o método mais simples para os hackers é o de ter alguém da organização que saiba os caminhos de todas as defesas.
Anticorpos
Para a maioria dos varejistas, um e-commerce atualizado e sistemas tecnológicos in-store são críticos para melhorar o sentimento do consumidor e a segurança dos dados.
Associado a soluções robustas de prevenção de fraudes, funcionalidades tecnológicas avançadas de commerce, como a convergência incomparável das interações digitais e na loja física em uma única plataforma, e recursos em tempo real podem reduzir o risco de uma séria violação de dados.
As tecnologias poderosas do e-commerce também ajudam as marcas a se tornarem responsivas evoluirá evolução dos riscos de dados. Com o suporte de soluções mais ágeis e robustas, os varejistas podem se adaptar mais rápido às ameaças recentes, incluindo as que ocorrem nas lojas físicas, para reduzir a probabilidade de falhas de segurança e permitir aos consumidores a confiança que eles precisam para se manterem leais à marca.
Rick Chavie