Texto traduzido do Greg Shepard do Entrepreneur.com. Startups que buscam entrar no mercado no momento certo não têm tempo para descansar sobre os louros depois de terem uma grande ideia. 

Mas muitos ainda cometem o erro de seguir em frente sem uma estratégia detalhada para transformar aquela explosão de inspiração em realidade.

Um estudo apresentado na Entrepreneur.com cita a “falta de persistência” como a terceira razão mais comum para o fracasso de startups

Sem uma estratégia clara, as empresas muitas vezes se desviam. Mudanças constantes de direção podem resultar em desperdício de dinheiro, tempo e energia.

Depois que a missão da sua empresa, a Estrela do Norte, estiver solidamente focada, é hora de começar a traçar um curso que garantirá que a empresa alcance seus objetivos. 

Adotar uma abordagem sistemática, na qual grandes ideias são divididas em objetivos mensuráveis, pode ajudar as equipes a se manterem organizadas e responsáveis enquanto traçam um roteiro para uma eventual saída.

Examinar todos os fatores que podem afetar o sucesso do seu negócio, tanto interno quanto externo, é um passo fundamental para a construção de uma estratégia viável.

A próxima etapa é estabelecer missões que se alinham com a Estrela do Norte da empresa. 

Finalmente, as empresas precisam determinar desde o início quando o trabalho será feito, quem o fará e como o progresso será medido.

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Identifique ventos contrários e de cauda

Para começar, as empresas devem reservar um tempo para fazer uma análise SWOT – uma avaliação do planejamento estratégico que ajuda as empresas a analisar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. 

Isso permite que os fundadores identifiquem as vantagens que ajudarão o negócio a progredir, bem como os obstáculos que podem retardá-lo.

Pense em como cada fator complementa ou nega outros fatores – como os pontos fortes internos da sua empresa permitem que você aproveite as oportunidades e evite ameaças externas e como os pontos fracos internos podem impedi-lo de fazer essas coisas. 

Por exemplo, sua empresa pode ter uma equipe de engenharia altamente qualificada que desenvolve soluções inovadoras, mas não consegue cumprir seus prazos, então a empresa perde oportunidades de vencer os concorrentes no mercado. 

A estratégia central da empresa deve incluir etapas para fazer melhorias nessas áreas e evitar que os problemas cresçam como uma bola de neve no futuro.

SWOT também pode ser usado para avaliar a viabilidade de um produto. Um de meus clientes desenvolveu um aplicativo móvel seguro que permite aos clientes de transporte público comprar passagens de trem, ônibus e balsa sem ter que parar em uma bilheteria ou máquina. 

O sistema de pagamento pode ser replicado para outros sistemas de trânsito sem ter que reescrever o software a cada vez. 

O maior ponto forte do produto era que ele não tinha sido feito antes, mas seu ponto fraco era que os sistemas de trânsito não tinham a infraestrutura adequada. 

Para resolver esse problema, a empresa construiu leitores que podiam escanear dispositivos móveis e também máquinas de bilhetes que distribuíam chips com cartões para atender clientes que não usam o aplicativo.

A startup explorou a oportunidade de criar um novo mercado e evitou a ameaça de outra empresa lançar um aplicativo semelhante ao desenvolver a infraestrutura necessária para fazer o sistema de pagamento funcionar. 

Nesse caso, fazer uma análise SWOT cuidadosa do produto antes de ser lançado ajudou a guiar a empresa para o sucesso.

Dividir e conquistar

A próxima etapa, que chamo de MOKM (em inglês: Missão, Objetivo, Resultados chave e Mensuráveis), é sobre transformar ideias em ações concretas. 

Uma missão é uma declaração breve e clara do que você deseja alcançar. Os objetivos articulam o que é esperado e quando o trabalho deve ser concluído. Os principais resultados são as tarefas que devem ser concluídas para atingir o objetivo. Os mensuráveis são indicadores quantificáveis ??de progresso em direção a um determinado resultado.

Cada uma das áreas funcionais da empresa recebe pelo menos uma missão, e essas missões devem abranger de três a cinco objetivos. 

Os objetivos são definidos por resultados-chave, cada um com medidas específicas. 

Estabelecer essa hierarquia de fluxo de trabalho ajuda os funcionários a se manterem concentrados, alinhar suas tarefas diárias com as missões da empresa e a Estrela do Norte e estabelecer operações coesas em toda a empresa.

Digamos, por exemplo, que a missão de um departamento de marketing e vendas seja aumentar sua taxa de conversão em 25% até o final do trimestre. 

Um dos objetivos da equipe de marketing seria desenvolver campanhas que produzissem um certo número de leads viáveis, enquanto as vendas seriam encarregadas de fechar negócios com uma determinada porcentagem desses leads. 

Depois que as duas equipes concluírem os principais resultados vinculados a todos os seus objetivos, a missão está concluída.

O engajamento e o desempenho dos funcionários são muito maiores quando as pessoas entendem totalmente o propósito de sua organização e sentem que seu trabalho é importante para atingir objetivos específicos. 

Ter uma missão clara e um plano de jogo transparente sobre como alcançá-la pode ajudar muito a manter os funcionários motivados no trabalho.

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Defina como o trabalho será feito

Os departamentos muitas vezes ficam presos ao tentar realizar o máximo de tarefas possível, até mesmo tarefas que podem não ter um impacto significativo nos resultados financeiros. 

Priorize o trabalho examinando o nível de impacto de cada missão, se é urgente ou importante, e a quantidade de esforço que exigirá para ser concluída. Idealmente, as tarefas definidas como alto impacto e baixo esforço – os “frutos mais fáceis” – seriam concluídas primeiro.

A etapa final é delegar tarefas e estabelecer responsabilidade com o processo RACI. RACI significa “Responsible” – Encarregado (quem será encarregado de fazer o trabalho), “Accountable” – Responsável (quem garante que o trabalho seja feito), “Consulted” –  Consultado (quem mais precisa estar envolvido com o projeto) e “Informed” – Informado (quem “valida” a conclusão do projeto).

De acordo com Atlassian, 59% dos trabalhadores dos Estados Unidos dizem que a comunicação é o maior obstáculo para o sucesso de sua equipe, seguida pela responsabilidade com 29%. 

Ter uma estratégia clara que defina quem é responsável por certas tarefas e em que ordem elas precisam ser realizadas elimina a ambigüidade e torna as equipes mais eficazes.

Objetivos desalinhados costumam causar confusão nas áreas funcionais de uma empresa. 

Essa confusão pode levar a processos ineficientes, rotatividade de funcionários e lucros reduzidos

As empresas se beneficiam imensamente de estratégias que garantem que cada departamento trabalhe em direção a um objetivo central. 

As estratégias são mais eficazes quando podem ilustrar claramente quanto progresso foi feito, mas são ágeis o suficiente para ajustar os pontos mais delicados conforme as prioridades mudam e a empresa cresce.

Veja o texto original aqui: You Have a Product, Now You Need a Strategy – Greg Shepard é fundador e CEO da BOSS Capital Partners.

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Author

Branding, Content Marketing e Comunicação. Sou Sócio-fundador do Profissional de E-commerce. Desde nov/2020 lidero o time de Marketing e Comunicação do Golden Square Shopping, da Ancar Ivanhoe. De jun/2019 a set/2020 atuei como Gerente de Marketing e Comunicação na Nox Bitcoin. Destaque para o projeto de conteúdo Investificar. De jan/2018 a jan/2019, liderei os times de Branding (Content Marketing, PR, Social Media e Branding), Product Marketing, área de cursos da Foxbit, fintech de criptomoedas e o projeto e primeiro ano de atuação do Cointimes. Entre ago/2016 e set/2017 atuei como head da área de Marketing da Ebit, empresa Buscapé Company, hoje Nielsen (onde participei do projeto do Webshoppers 39, em mar/2019), referência em informações, certificação de lojas e inteligência de e-commerce. Entre 2012 e 2016, participei ativamente da estruturação da startup Universidade Buscapé Company, entrei na coordenação de treinamentos de E-commerce e Marketing Digital. Lá assumi também a coordenação de Marketing Digital e Conteúdo da Uni Buscapé e do Profissional de E-commerce. Desde 2013, ministro aulas de Marketing de Conteúdo para E-commerce na Faculdade Impacta e em algumas empresas de internet no formato workshop. Você pode encontrar mais informações em meu perfil do LinkedIn ou marcando um café! ;)

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