Entre 26 e 30 de novembro vendas somaram R$ 6 bi, 26,4% sobre os R$ 4,8 bi do ano passado. Em 2014, o faturamento da Black Friday subiu 56%. Na Cyber Monday, vendas somaram R$ 561 milhões, 36% maior do que 2019
As vendas do e-commerce no período que reúne os cinco dias das das promoções da Black Friday registraram o maior crescimento em seis anos.
O faturamento alcançou R$ 6 bilhões, alta de 26,4%, maior alta percentual desde 2014, quando de quinta a segunda-feira, o desempenho foi 56% superior ao ano anterior. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela Ebit|Nielsen, referência de mensuração e análise do comércio eletrônico no Brasil.
Evolução de faturamento da Black Friday no Brasil
Na pandemia, os consumidores se viram obrigados a se adaptar ao ambiente de compras online. É um resultado que reflete o temor de as pessoas saírem de casa, mas também de as empresas entregarem uma experiência positiva.
Em todo o período de 26 a 30 de novembro, foram gerados pouco mais de 10 milhões de pedidos, crescimento de 16% sobre o ano passado. O valor médio das vendas ficou em R$ 652, 8% maior que no período anterior.
O ritmo também foi forte na segunda-feira, último dia de promoção, conhecida como Cyber Monday. As vendas cresceram 36%, para R$ 561 milhões, na comparação com 2019, resultado de 1,2 milhões de pedidos e um ticket médio de R$ 597.
O bom desempenho da segunda pode estar diretamente ligado ao fato de ter sido o último dia para pagamento do 13o salário. Nós prevíamos que a Cyber teria fortes vendas. O fato de o consumidor ter dinheiro na conta é um fator impulsionador.
As vendas da Black Friday de fato, quinta e sexta, totalizaram R$ 4,02 bilhões, 25,1% superior a 2019. No fim de semana, foram R$ 1,5 bilhão em faturamento, alta de 27% sobre o mesmo período do ano passado.
Categorias que mais vendem
As categorias que se destacaram neste período de promoção ficaram em linha com o previsto pela Ebit|Nielsen durante a pandemia: o consumidor se preocupou em criar ambientes mais confortáveis, funcionais e adaptados à vida na pandemia.
Em volume de pedidos, o segmento Casa e Decoração ficou em primeiro no ranking compilado entre quinta e segunda, seguido por Moda e Acessórios, Eletrodomésticos, Perfumaria e Cosmético, e Telefonia/Celulares.
O ranking por faturamento, também nos cinco dias, foi liderado por Eletrodomésticos. Aparecem na sequência Telefonia/Celulares, Eletrônicos, Casa e Decoração e Informática.
A procura do consumidor mostrou a tendência que já havíamos mapeado de transformar e adaptar suas residências para comportar os novos hábitos impostos pela pandemia, home office, ensino à distância e mais entretenimento.