Como é de conhecimento de todos que nos seguem aqui neste portal, estudo bastante esse tema e ele realmente me fascina, tenho escutado diversas opiniões sobre esse novo conceito do marketing e ele tem gerado discussões muito interessantes para meus estudos.
Esses estudos tem mostrado novas situações que podemos aplicar no nosso dia a dia, uma informação curiosa que um estudo da Universidade de Columbia (EUA) traz é que tudo que os profissionais de marketing pensavam a respeito da mente humana, nem sempre está certo. O que as pesquisas de neuromarketing nos mostram é que as marcas não provocam amor ou paixão no consumidor que gosta dela, apenas a verificação de significado, organização dos conceitos e lembrança. Porém as marcas, sim, provocam a repulsa cerebral. Obviamente esse estudo não foi feito com muitos consumidores e não pode ser levado como verdade absoluta, porém já nos mostra que vamos ter muito para verificar nos nossos conceitos.
Eu não acredito que o neuromarketing é apenas a neuropesquisa, acredito que ele é muito mais que um tipo de ação mercadológica e sim um novo conceito em marketing, que na minha opinião vem junto com os conceitos do marketing 3.0 (colaborativo, cultural e espiritual). Mas também acredito que as ações de neuromarketing vão demorar a ser adotadas por empresas, claro que sabemos de algumas que já usam desse tipo de ação, mas ainda é muito caro e muito difícil de ser implantado.
Até as grandes universidades não admitem fazer estudos voltados ao neuromarketing, por considerar esse tipo de estudo ainda muito “capitalista” e preferem aplicar seus estudos ao comportamento de consumo, como neuroeconomia (falar de como o ser humano usa o seu dinheiro) que faz parecer mais útil, do que apenas focar em como vender.
Tive acesso a alguns estudos baseados em neuromarketing e podemos ter em mente que nem todos são contra a ética, apenas por colocar profissionais de marketing lado a lado com neurologistas e verificarem dentro do cérebro o que pode causar conforto, vontade ou desejo imediato. Muitos desses estudos podem ajudar o ser humano, como descobrir o que provoca o desejo por alimentos que causam obesidade ou ainda o que causa o desejo para consumo de drogas e trabalhar o reverso. Hoje os neurocientistas já sabem como o cigarro vicia, qual o mecanismo da adição, mas ainda não se sabe exatamente qual o efeito das propagandas que convencem as pessoas a comprarem.
Conversando com profissionais de marketing o que quase todos me argumentam é exatamente que não entendem como fazer o uso desse recurso (neurológico), creio que hoje o que podemos usar ainda são apenas as pesquisas associadas ao estudo e o marketing sensorial.
O marketing sensorial, segundo Pedro Camargo, é um conjunto de ações de comunicação não verbal, de baixo custo, que usa os 5 sentidos. Ai vocês me perguntam, como vamos atuar nos cinco sentidos se quando o cliente compra on line, ele não toca, nem sente o cheiro ou gosto de nada. Pode ver, ouvir, mas sentir… não dá! Eu creio que dá, mas dá trabalho também.
Aí vem a união do que chamamos de marketing 3.0 com as ferramentas do marketing neurológico (as pesquisas do comportamento neurológico + pesquisas do comportamento do consumidor interno + experiência de compra).
Só nós do comércio eletrônico podemos transformar a experiência de compra em uma experiência mais que momentânea, pois no nosso caso o cliente namora o produto, vê varias vezes, troca fotos, vídeos (cada vez mais), por fim compra e o final da experiência sensorial vem na hora do recebimento, mais uma vez ele vive a experiência de compra que não termina ao sair da loja. Isso claro, é uma faca de dois gumes, mas conseguimos aumentar o tempo da experiência e está em nossas mãos fazer com que ela seja o mais positiva possível.
Talvez no comércio eletrônico vamos demorar muito para ter acesso ao cérebro do nosso consumidor no final da experiência conosco (quando ele abre a caixa e lá está tudo que ele queria), mas o nosso SAC já sabe como funciona, e com esses dados conseguimos trazer a luz muitas coisas que as pesquisas ainda irão demorar para nós dar com precisão.
Eu estou ansiosa para ver como vamos usar tudo isso, pois temos profissionais excelentes no mundo digital e vamos ter boas surpresas por ai.
Boas Vendas.
Publicado por Fátima A. Bana no Blog do E-commerce Brasil.