Os números de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) registram o fechamento de 97.828 postos de trabalho no Brasil.
Especialistas apontam o resultado como reflexo da crise econômica no país e alertam que a retração do emprego não só vai continuar, como deve ficar ainda pior, visto que não há indícios de que a economia vá melhorar nos próximos meses. O ministro Manuel Dias, apesar de não confirmar números, afirma estar ciente de que haverão ainda mais reduções no Caged (O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de maio.
Na contramão dessa queda na economia parece estar o e-commerce, que apesar de ter desacelerado consideravelmente seu crescimento, no mínimo tem se mantido, como afirma o diretor de Comunicação e Marketing da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.Net), Gerson Rolim.
Ele complementa as projeções de faturamento para 2015 são positivas. Pudera, dos 204 milhões de brasileiros, 51,5 milhões fizeram no mínimo 1 compra online no ano passado. Isso representa cerca ¼ da nação que necessita de atendimento comercial, profissionais de TI, pós-vendas, financeiro, gestão, comunicação e inúmeros outros setores envolvidos.
Pegamos como exemplo a holding Magamobi, especialista na venda de celulares e smartphones. Além do crescimento, os catarinenses ainda se destacam por sua atuação no mercado de trabalho. Frente aos dados de queda, a empresa continua a abrir novas vagas, contratando para ampliar tanto setores quanto horários e atuando com gestão de pessoas e com a capacitação e a formação de colaboradores.
Para o CEO Jaison Goedert uma boa equipe é fundamental: “Focamos em manter um bom time e enriquecê-lo de novos talentos para impulsionar e acompanhar o nosso crescimento. Neste ano teremos investimentos que contemplam infraestrutura, novas tecnologias e equipamentos, mas também voltados à atrair e capacitar colaboradores.”
Porque é necessário capacitar?
Não é de hoje que o mercado e-commerce tem dificuldades na contratação de mão de obra. Currículos de colaboradores especialistas tanto em varejo quanto em tecnologia não são nada comuns e, com o crescimento das lojas virtuais, a deficiência se amplia para as demais áreas gerenciais e operacionais.
O que acontece então, é que apesar da lacuna em uma das áreas de competência, é feita a contratação seguida de uma capacitação dentro do próprio comércio eletrônico, como a forma mais comum de profissionalização.
Segundo a Pesquisa Profissional de E-commerce 2014, parceria entre E-bit e Universidade Buscapé Company, 61% dos profissionais aprendeu a trabalhar com comércio eletrônico assim, na própria empresa. Mas por que isso acontece?
As vagas no comércio eletrônico pertencem a segmentos relativamente jovens e que a intervalos muito curtos inserem e resultam ainda em novas demandas e competências. O mercado profissionalizante não consegue se adequar tão rapidamente para preparar e capacitar esses colaboradores. Assim o déficit que já existe para a mão de obra do e-commerce, não apenas se mantêm, mas aumenta e com o crescimento do setor, se amplia.
Para 2015, a Pesquisa Profissional de E-commerce trará informações muito relevantes sobre como o mercado está lidando com a forte crise econômica no Brasil. Em quais áreas o gestor de e-commerce está investindo e se o perfil do Profissional de E-commerce brasileiro está mudando. Fique ligado!