A instabilidade econômica e o desemprego dos últimos anos estimularam o empreendedorismo por necessidade e, em paralelo à ascensão das fintechs, deflagrou a “Guerra das Maquininhas”.
Com a maior demanda pelo equipamento de cobrança e intimidadas pela concorrência, as grandes instituições financeiras – e detentoras das principais credenciadoras do mercado – passaram a rever suas práticas e estratégias a fim de se adaptar a essa nova lógica, reduzindo taxas.
A mesma reação é prevista em relação aos boletos, pela disputa dos bancos com empresas que oferecem a emissão a preços menores.
Os títulos são largamente utilizados por PMEs e MEIs – emitem mais de 30 milhões por ano –, que estão sempre em busca de formas de minguar gastos.
Altamente taxados pelos bancos, por conta da pequena força de negociação em comparação a grandes empresas, os pequenos empreendedores recorrem cada vez mais às fintechs para esse fim. Ao perceber o movimento, as instituições já se adaptam e existem até algumas que extinguiram as taxas.
A tecnologia vem provocando uma deflação no mercado, e é possível que falemos em uma ‘Guerra dos Boletos’ em breve.
Em uma “Guerra dos Boletos” o maior beneficiado é o empreendedor, que pode analisar as soluções ofertadas e selecionar as melhores para impulsionar suas vendas.
Democratizar o acesso de pequenos e microempreendedores ao boleto, que é uma forma vantajosa de pagamento, é o caminho correto. Se a demanda continuar subindo, o correto seria abaixar ainda mais os valores.
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