O governo da Argentina anunciou na terça, 21/1, novas medidas de restrições às compras pela Internet. Em essência, os procedimentos se tornaram ainda mais burocráticos, com a exigência do preenchimento de formulários online que são declarações de compras feitas à receita federal do país.
A ideia é dar maior efetividade a restrições já implementadas. No país vizinho, compras pela rede não são entregues em casa – os argentinos precisam ir retirá-las na alfândega. Além disso, a partir da terceira compra acima de US$ 25 em um mesmo ano, há uma sobretaxa de 50% – e é esse controle que deve aumentar.
Também já vigora uma tarifa de 35% sobre as compras realizadas no exterior com cartão de crédito. No Brasil, mecanismo semelhante foi ampliado em dezembro, mas em patamar muito distinto: o IOF para saques e compras no exterior passou de 6% para 6,38%.
Segundo o jornal Clarín, em 2013 os argentinos fizeram 20 mil compras diárias pela Internet, o que colabora com a sangria de dólares. As reservas em moeda estrangeira da Argentina encolheram 30% no ano passado e bateram no nível mais baixo desde 2006, em US$ 30 bilhões.