Por Flávio Roberto Souza. De forma mais ou menos agressiva, o consumo tem aumentado a cada ano. Os produtos e serviços que são comprados seja a vista, em parcelas, através de financiamentos etc, tem exposto o desejo do consumidor de acompanhar as tendências e satisfazer seus anseios.
Cada vez mais as empresas, atentas a essas demandas, devem se preocupar com esses anseios, monitorando o mercado como um todo; sejam os concorrentes, as políticas tributárias ou tudo aquilo que influencia na sua gestão.
Neste mapa de influência é importante que as organizações precifiquem seus produtos e serviços de forma correta, evitando surpresas desagradáveis e assegurando uma lucratividade sustentável em seus negócios.
Entretanto, mesmo com toda a tecnologia e a abundância de informações, alguns erros são encontrados na formação do preço de venda:
1- Copiar o preço do concorrente
Cada empresa tem seu contexto diferente uma da outra, portanto, copiar o preço do concorrente envolve um alto risco de copiar um ambiente fora da realidade. Um grave erro.
2- Confundir margem com lucratividade
Na hora de fazer as contas é muito comum que o empresário acredite que margem é igual a lucratividade, o que não é verdade. Margem é o resultado do preço de venda subtraídos os impostos sobre venda e o custo do produto/serviço. Esquece-se, portanto, de ratear as despesas fixas como aluguel, telefone, água, salários etc. Lucratividade é o resultado final que se deseja alcançar.
3- Não considerar as despesas financeiras
Todas as instituições financeiras cobram tarifas/encargos para fazer as operações de crédito/cobrança como boletos, cartões de crédito etc. Você deve, portanto, levar em consideração as despesas financeiras nos cálculos do preço de venda.
4- Adotar o custo do produto como base de cálculo de despesas variáveis
Outro erro muito comum é aplicar as despesas variáveis – que variam conforme o preço de venda, como impostos e comissões – em cima do custo do produto. A forma correta é aplicar as despesas variáveis no preço de venda, pois é a partir do preço de venda que se varia os impostos e comissões que a empresa irá pagar.
Desta forma, levantar e alocar todas as despesas fixas e variáveis nos cálculos da precificação é a forma mais assertiva para o desenvolvimento de um preço justo e flexível para o alcance de resultados.
Texto publicado no site Financeiro Amigo.
Flávio Roberto Souza é administrador pós-graduado em Finanças e Auditoria, Flávio é consultor sênior em Planejamento Financeiro na Blue Numbers Consultoria Empresarial, especializada em pequenas e médias empresas.