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Facebook vs. Twitter: Quem vence a batalha social pela nossa atenção?

Facebook vs. Twitter: Há uma grande batalha em curso para ver quem consegue prender mais a nossa atenção: qual dessas duas empresas irão provar sua soberania e vencer?

Twitter & Facebook: Competem ou são completamente diferentes?

Na última semana, o fundador e CEO do FacebookMark Zuckerberg fez uma teleconferência para reafirmar a grande visão do Facebook, que seria: “Conectar todos e melhorar o mundo através do compartilhamento”.
O CEO do Twitter, Dick Costolo também falou muito sobre a grande visão do Twitter: “a praça da cidade mundial”.  No site do Twitter, ele afirma que sua missão é  “Dar a todos o poder de criar e compartilhar ideias e informações instantaneamente, sem barreiras”.
As duas visões se sobrepõem – servem para  “todos” e são a favor da globalização através do compartilhamento. No entanto, uma diferença sutil na ênfase é responsável por muitas das diferenças no papel que estas redes desempenham em nossas vidas – Facebook fala sobre  conectar” enquanto o Twitter fala sobre ideias e informação. Eu acho que isto é o que torna o Facebook uma verdadeira rede social enquanto o Twitter é mais considerado como uma rede de informação.
Ambos, “conexão e informação”, desempenham papéis importantes. Mas ao longo do tempo, dependendo do foco de nossas vidas, nós escolheremos um ou outro para decidir onde concentrar a nossa atenção social.
No diagrama abaixo, estão identificadas as áreas onde o Facebook e o Twitter se conectam e nos informam, onde eles desempenham funções semelhantes e se cruzam, além das áreas onde segmento por segmento, novos concorrentes estão desafiando os dois.

Então, quais são os campos de batalha-chave para o Facebook e Twitter? Vamos discutir sobre seis deles e, em seguida, declarar o vencedor geral.
 

(1) Batalha por escala e volume de usuário.

Este é um passo muito fácil de analisar atualmente – o Facebook tem 1.23 bilhões de usuários ativos em relação ao Twitter, que tem 232 milhões  – ou seja o Facebook é mais de cinco vezes maior.  Mais à frente, um desafio para ambos acontece quando o crescimento do usuário começa a desacelerar e se estabelecer, particularmente em mercados maduros.
O Facebook preservava a Geração Y e os estudantes universitários, mas atualmente o maior e mais rápido crescimento do Facebook é entre os usuários com a faixa etária entre 55 e 64 anos. Para os jovens, a perspectiva de que sua mãe pode ver tudo o que eles estão postando e falando com seus amigos significa um fator de risco grave para a imagem de “uma rede social legal para usar”, que o Facebook passa.
Na conferência do último trimestre sobre lucros, o CFO David Ebersman deixou escapar que o Facebook estava “perto de ser totalmente utilizado por turmas de adolescentes”, enquanto na América do Norte, muitos adolescentes começaram a se reunir, em vez do imediato compartilhamento de fotos, no aplicativo Snapchat, o qual o Facebook recentemente tentou (e não conseguiu) adquirir por $3.5 bilhões.
Em janeiro, uma pesquisa feita pela Universidade de Princeton prevê que o Facebook irá perder 80% dos seus usuários até 2017, comparando sua curva de crescimento com o perigo de uma doença contagiosa.
Adolescentes não foram mencionados diretamente na teleconferência da semana passada. Mark Zuckerberg, não obstante disse que:
Conectar todos também significa dar às pessoas o poder de compartilhar diferentes tipos de conteúdo com diferentes grupos de pessoas. Isso é algo que temos focado bastante na construção de aplicativos mobile separados, além do principal aplicativo do Facebook Messenger e do Instagram, que são exemplos disso”.

VENCEDOR: FACEBOOK

Facebook tem uma enorme massa crítica, o que significa que ele ganha no volume geral de usuários, mas isso vem com um alerta de saúde… O tamanho do Facebook é também um problema para adolescentes, que querem uma rede social legal e exclusiva onde eles possam reunir seus companheiros.
O Facebook pode não ter conseguido adquirir o Snapchat,  mas conseguiu o Instagram, e os adolescentes que o utilizam não necessariamente o relacionam como uma propriedade do Facebook. Então, no momento, a combinação do Instagram e novas aplicações autônomas mantêm o Facebook no jogo.
 

(2) Batalha por atenção e notícias em tempo real.

Este é o lugar de destaque para o Twitter. A razão pela qual suas atualizações de status ou ‘tweets’ são restritos a apenas 140 caracteres, é que ele foi originalmente concebido para adicionar uma camada social de mensagens de texto SMS, antes dos smartphones serem popularizados.
Enquanto 140 caracteres podiam não ser suficientes para o conteúdo de um blog, ele força os usuários a serem concisos, e eles ainda podem fazer links para artigos ou sites externos. Hashtags como #Eleição, #Oscar ou #JustinBieber ajudam a categorizar a informação, determinam o que é tendência e permitem um fluxo de informação rápido e denso.
O Twitter foi amplamente pensado para vir durante a época da Primavera Árabe e para ocupar os movimentos da Wall Street de 2011, quando os manifestantes do Oriente Médio utilizaram para compartilhar seus movimentos e organizar as manifestações de massa. Mesmo quando a internet era restrita, poderiam twittar via SMS.
Isso coloca os cidadãos na linha de frente do jornalismo. Meus colegas da BBC me disseram que agora utilizam o Twitter como a primeira fonte de últimas notícias, em vez de serviços de notícias mais tradicionais, como a Reuters ou a AFP.  Como Jayson Demers escreveu no Post da Huffington:
“O Facebook é usado para manter as pessoas informadas do que está acontecendo. Tornou-se um local de registro, onde as pessoas arquivam momentos importantes em suas vidas. O Twitter se concentra em acelerar as coisas, muitas vezes tornando-se uma fonte para os outros e para si mesmo”.
Facebook vem lutando por comparação. Devido ao seu grande número de usuários, se houver um grande evento como o Oscar ou o Super Bowl,  é provável que você veja o que os seus amigos estão dizendo sobre isso no Facebook, mas é menos provável que você obtenha a gama de pontos de vista sobre tudo isso no mundo inteiro.
O Facebook tentou introduzir as hashtags no último ano em suas atualizações, mas até agora eles ficaram travados com a mesma extensão, como é no Twitter. Será interessante ver se o novo aplicativo ‘Paper‘ do Facebook pode fazer um trabalho melhor de entregar uma experiência de jornal personalizado ao usuário.
Por outro lado, o feed de notícias do Twitter pode ser bastante cru e não filtrado, mas na verdade provou ser uma atração para as pessoas que querem seguir celebridades e obter uma visão sobre suas vidas diárias. Novamente, o Facebook tardiamente introduziu página de fãs que você pode “curtir”, mas as atualizações das celebridades da música ou de filmes parecem mais feitas pela área de Relações Públicas, enquanto no Twitter, existe uma interação direta entre as celebridades que intrigam os usuários, assim como eles têm uma chance para comentários que podem ser lidos pela celebridades ou ‘retwittados’ com @ como resposta.
“Quantos seguidores você possui no Twitter?”. Isso ainda é uma questão de status social entre os milhares de seguidores, tanto a @KatyPerry como o @JustinBieber tem 50 milhões de seguidores, mais do que o @BarackObama.

VENCEDOR: TWITTER

O Twitter ganha aqui, pois o Facebook têm sido muito lento para capturar  as notícias em tempo real.
 

(3) Batalha para conectar o usuário com seus amigos e familiares.

Aqui o  Facebook tem vantagem – refletindo a ênfase da “conexão” sobre a informação na sua declaração de missão. Considerando que você pode seguir alguém que você gosta no Twitter – o que resulta em uma grande quantidade de conexões de sentido único se não seguir a pessoa de volta – os pedidos de amizade no Facebook requerem consentimento mútuo. Isso normalmente significa que você possui conexões mais “reais” de pessoas que você realmente conhece.
Assim como reportou o site Diffen.com:
“O Facebook é para você se conectar com a pessoa que você ia para a escola e o Twitter é para você se conectar com pessoas que você gostaria de ter ido para a escola com elas”.
Todas aquelas pessoas que iam com você para  a escola, no entanto, nem sempre fazem a leitura da timeline ficar mais emocionante se você não manter ativamente o contato com elas. O que me leva a pensar em um dos maiores bugs ou virtudes do Facebook – dependendo do seu ponto de vista – o papel de “comunicação passiva“.
A ideia é que, uma vez que alguém aceitou o seu pedido de amizade, você sempre terá uma janela para a vida dessa pessoa, transmitida para você em pedaços diários. Os autores Ed Keller e Brad Fay argumentaram um artigo de opinião nos EUA hoje que:
“O Facebook não pode substituir conversas cara-a-cara… A mais rica mina de ouro social está literalmente bem debaixo dos nossos narizes: nas conversas boca-a-boca que acontecem em nossas cozinhas e durante nossas vidas”.
Com o seu feed de notícias e suas ‘Top Stories”, o que o Facebook ainda pode fazer é calcular e  filtrar os posts daqueles chamados ‘amigos ‘ que você tem menos interesse, exibindo assim as atualizações dos amigos mais próximos. Marcas e pessoas que você ‘curtiu’ também estão agora adicionadas em sua conta, competindo por sua atenção: muitas delas estavam em pé de guerra no ano passado quando o Facebook mudou as regras para que (sem pagar para anunciar), atualizações individuais sejam transmitidas para uma pequena parcela de seus ‘fãs’.
Por outro lado, a configuração do Twitter quer mostrar ‘Os mais recentes’, e se você seguir muitas pessoas, seu feed de notícias pode degenerar rapidamente em uma confusão incontrolável de notícias.  Você podia antes organizar os usuários em listas de interesse ou tópicos por área, mas esta ferramenta foi enterrada nas últimas atualizações recentes do site infelizmente.

VENCEDOR: FACEBOOK

Dada a sua missão ‘conectar’, não é surpreendente que o Facebook tem vantagem quando se trata de manter nosso contato com amigos e familiares, além da filtragem e curadoria do conteúdo que ele calcula e conclui que nós queremos ver.
 

(4) Batalha por onde nós construímos melhor e dividimos nossa identidade digital.

Nossa página de perfil em nossa rede social favorita é uma declaração de quem somos, o que somos e quem queremos projetar para o mundo exterior.
Ambas as redes têm ferramentas similares que permitem a personalização da nossa página com as fotos do perfil, imagens de capa e declarações de manchete de jornais, o que até certo ponto, nos permitem criar versões cuidadosamente trabalhadas e idealizadas de nós mesmos.
O Facebook nos incentiva a usar o nosso nome e identidade do mundo real e sua ferramenta controversa ‘Timeline’ é literalmente uma história ao longo da vida de todos os seus movimentos em sua rede. No Twitter, menos informação é necessária para se inscrever e podemos ser mais anônimos, se assim desejarmos. Se o Facebook é um registro digital de nossas vidas, onde nós dividimos tanto grandes e pequenas coisas com os amigos, o Twitter é mais como um palanque digital, onde compartilhamos nossos pontos de vista e idéias grandes com o mundo inteiro.
Aqui, o Twitter preenche um meio termo interessante entre o Facebook e LinkedIn, ideal para falar puramente sobre carreira profissional. No Twitter, muitos profissionais twittam sobre temas relacionados com o trabalho e contribuem para que as hashtags fiquem mais relevantes – na esperança de que eles construam uma sequência do assunto ao longo do tempo -, enquanto no Facebook , um lojista escrevendo pode ser visto como chato e também alienador para os amigos e familiares.
Aqueles que querem criar uma identidade como profissional no Facebook são forçados a criar ‘páginas’ separadas. Entretanto, compartilhar fotos e vídeos é muito mais fácil usando o Facebook. O Facebook também é mais bem posicionado. Com o limite de 140 caracteres e foco de texto,  o compartilhamento de fotos é como uma atividade de nicho para o Twitter.
Muitos entusiastas da fotografia agora migram para o Instagram no Facebook. No entanto, aqui, como mostra o gráfico abaixo, este é o lugar onde o Facebook está agora sob o ataque da Snapchat, que em agosto de 2013, se igualou ao Facebook  com 46% de participação de upload de fotos diárias.

Então, nós gastamos muito tempo criando nossos perfis digitais e identidades nesses sites e  dessa forma os enriquecemos com as atualizações compartilhadas. Isto gera outra tendência crescente – que usa a nossa conta de rede social como um “passaporte digital“, que nos permite entrar para sites e aplicações em toda a internet (em vez de registrar com um novo endereço de e-mail e senha, utiliza o mesmo dado da rede social).
Isto está se tornando um ecossistema. Na conferência Le Web de 2012, o Diretor de desenvolvimento do Facebook Ethan Beard disse que 2 milhões de sites têm integrado o ‘Facebook Connect’ desde o seu lançamento em 2010, com 250 milhões de pessoas usando o Facebook Connect em sites terceiros, por mês. Ele disse:
“Facebook é o número referencial de tráfego para a Spotify… O que está acontecendo com o Facebook agora é realmente emocionante. Estamos no centro para moldar e definir o que a web e a internet estão esperando para os próximos anos… É um lugar divertido para trabalhar”.
Você pode cada vez mais “Conectar-se no Twitter” em vários sites (ou mesmo com a sua conta Google ou LinkedIn), embora em termos de integração com outros serviços, o Facebook ainda tenha uma vantagem.

VENCEDOR: EMPATE

Tanto o Twitter, como o Facebook nos permitem a criação da nossa identidade digital e depois transformam essa identidade em nosso passaporte digital, dizendo como nos movemos e logamos em outros aplicativos de outros sites em toda a web.
As pessoas estão usando os dois de forma diferente – quem ganha a batalha pela sua atenção social, em última análise, depende se você quer que a identidade digital para ser mais pública ou um privada.
 

(5) Batalha pela nossa atenção Mobile.

O Twitter, com seu limite de mensagem para 140 caracteres e as mensagens via SMS fez com que, durante muito tempo, tivesse vantagem no mobile em relação a outras plataformas. Alguns aplicativos de terceiros, como o TweetDeck e Twitterific proporcionaram no início uma melhor experiência de uso do Twitter em smartphones. Os usuários do Twitter poderm enviar mensagens uns aos outros diretamente ou para “Mestres”, quando ambos seguem um ao outro, embora essa característica seja muito utilizada em diálogos públicos, ainda se torna facilmente alvo de spams.
Quando o Twitter se tornou uma empresa de Capital Aberto (IPO) na Bolsa de Valores, em Setembro de 2013, ele anunciou que 65% de sua receita era obtida por uso em mobile, contra 0% do Facebook na época de seu IPO em 2012.
Os esforços mobile do Facebook têm sido muito mais lentos – seu primeiro aplicativo para iPad foi adiado por quase dois anos e ainda tentam melhorar a funcionalidade do seu site e deixar o design muito mais rico. Por outro lado, em PCs  e desktop tradicionais, para muitos, o Facebook é a primeira página web – tomando o lugar dos portais de estilo antigo, como Yahoo e MSN, e substituindo o Google como a porta de entrada para notícias e informações.
A nova “Graph Search‘ do Facebook contém 1 trilhão de peças de conteúdo – mais do que o índice de qualquer motor de busca na web. Facebook também tem a sua própria plataforma de aplicativo e também os jogos sociais, como a Farmville. No entanto, como o uso de computação muda a partir do desktop web para smartphones e tablets, o Facebook é apenas um entre muitos aplicativos em um mundo controlado pela Apple (iOS)  e Google (android).
Em mensagens instantâneas, os usuários têm sido atraídos para multi-plataformas e aplicativos de mensagens inter-redes, como Viber e WhatsApp, que agora tem 430 milhões de usuários ativos mensais. Na China, onde ambos Facebook e Twitter ainda estão bloqueados, o app WeChat Tencent (Aquele do Messi e do Neymar) tem mais de 300 milhões de usuários, incluindo mais de 100 milhões usuários internacionais.
O Facebook está tentando compensar o terreno perdido no mobile e na semana passada na conferência sobre lucros disse que 53% de sua receita publicitária tinha vindo de celular, perto de US $ 1,25 bilhão, quase tão grande como o total de receita do Q4 (último trimestre do ano) no último ano. Na última edição da revista Bloomberg Businessweek, Mark Zuckerberg admitiu que a mudança para mobile “não foi tão rápida como deveria ter sido”, mas, “uma das coisas que caracteriza nossa empresa é que estamos bastante força de vontade”.

VENCEDOR: TWITTER

As mensagens curtas do Twitter são ideais para mobile, ao passo que o Facebook tem se esforçado para incorporar uma cultura de ‘mobile-first‘. Há sinais, porém, que isso está mudando, e com o Messenger, Paper e Instagram, o Facebook está lançando e reforçando-se com  uma série de aplicativos para além do seu principal app mobile de “tamanho único”.
 

(6) Batalha pela liderança e lucros.

A liderança do Facebook tem sido forte e estável – Mark Zuckerberg merece crédito para manter o controle da empresa que ele fundou e ele ainda possui 57% das ações votantes da Classe B. Sheryl Sandberg, também tem um perfil alto e respeitado (COO), tem levado alguns dos esforços comerciais para Mark se manter fiel às suas raízes de programação.
Isto contrasta com muito drama a gestão no Twitter. O maior acionista é Evan Williams, co-fundador e ex-CEO, que possui 12% das ações. O presidente Jack Dorseyowns 4,9% e  o atual CEO Dick Costolo, 1,6%. Um ex-comediante de improviso, Dick tem sido descrito como um “un-CEO”, que é mais focado no crescimento de usuários do que na receita. Ele no entanto dirigiu o Twitter para um IPO muito bom (em contraste com um IPO rochoso do Facebook), e ganhou tração para sua visão de “globalizar” o Twitter.

Assim como mostra o quadro financeiro acima, o Facebook é agora rentável. O Q4 do Facebook mostrou que a empresa superou as expectativas dos analistas, causando um aumento de preço das ações em 19%.
O Twitter, por outro lado, ainda está perdendo dinheiro, com dúvidas sobre sua estratégia de monetização, e relativamente poucas unidades de publicidade em seu site/apps. Será interessante ver como os mercados reagirão aos resultados financeiros do Q4 no Twitter – dados da empresa de comércio IG sugerem que os comerciantes estão atualmente tendenciosos em 52% para o lado mais curto do Twitter

VENCEDOR: FACEBOOK

 

E então, quem vence a batalha social pela nossa atenção?

Assim, para a maioria de nós, como era de se esperar, o Facebook está atualmente ganhando a batalha pela nossa atenção social. O grande volume de usuários e a maneira como a nossa conta tornou-se uma ‘cola digital’ para fazer login em vários serviços, significa que é improvável a marca desaparecer tão cedo.
No entanto, com os produtos da Apple (infinitas pequenas melhorias para iPhones, iPads, etc), a excitação do usuário com o Facebook diminuiu e as pessoas usam como parte do cotidiano da vida online. Com a mudança para smartphones e tablets, isso deixa de ser suficiente para possuir a web.
Mark Zuckerberg assume que neste sentido, o Facebook está em um ponto crítico: “Estamos realmente neste ponto em que podemos dar um passo atrás para pensar sobre as próximas grandes coisas que queremos fazer”.
Há um risco significativo de que o Facebook está perdendo a lealdade e atenção do público adolescente e universitário, que estão sempre buscando novas ferramentas “legais”. O Facebook corre o risco de tornar-se uma espécie de “lugar comum social” – bom em tudo, mas não o melhor em áreas especializadas, tais como notícias em tempo real e acesso a celebridades (Twitter), serviços baseados em localização (Foursquare, Yelp e Google Maps), fotos (Instagram e Pinterest) e mensagens (Snapchat, WhatsApp e WeChat).
Como Keith Rabois, parceiro no Vale do Silício da empresa de capital de risco Khosla Ventures disse:
“Ninguém, individualmente, tem conseguido deslocar o Facebook. Mas à medida que mais e mais pessoas escolhem uma outra plataforma social como seu hub principal, isso sim se torna um problema real. Eles poderiam estar perdendo um segmento de cada vez”.
Por enquanto, o que isso significa é que muitos de nós, provavelmente, continuaremos a usar diferentes aplicações e plataformas sociais. E, como as aplicações mais promissoras são adquiridas pelos maiores players, isso vai se consolidar ao longo do tempo.
No geral, o que nos chama a atenção social, se resume ao que valorizamos mais – conexão ou informação? A rede social pode encontrar uma maneira de ser brilhante em ambos. Nas informações e ideias, o Twitter é melhor do que ninguém e eu acredito que ele vai continuar a ter um papel importante a desempenhar.

No entanto, uma vez que amplia o seu papel no mundo da mídia social, o Facebook parece ter o melhor conjunto para permanecer nosso amigo dominante.

Tradução Taila Oséas.
Texto original do Steve Tappin – CEO Xinfu, Host of BBC CEO Guru & Founder, WorldOfCEOs.com
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