Parece mais um chavão americano para dar nome a algum modelo de negócio, mas desta vez a iniciativa vem da China. O poder de transformação gerado pela internet no mundo dos negócios continua mais forte do que nunca, e todo dia, temos a oportunidade de ver e conhecer novas e melhores maneiras de fazer as coisas de um jeito mais sustentável, integrado do que ontem. Um jeito de fazer o varejo online, diferente, está vindo da China: é o varejo O2O ou Online-to-Offline.

Em tempos de B2C, B2B, vem aí o O2O.

Há tempos ouvimos, lemos e aprendemos os conceitos de: cross-channel; multicanal, omnichannel e quando pensamos nestes modelos, aqui no Brasil, encontramos sérias dificuldades de concretização, no dia-a-dia, das operações na parte fiscal e tributária, além da gestão de pessoas, integração de tecnologias e bases…ainda temos alguns muros para derrubar. E alguns deles, independem da capacidade de investimento, por exemplo, só do lado dos varejistas. Mas, vamos conhecer este novo modelo.
Temos visto não só nas capitais mas em algumas cidades do interior do País a população fazendo uso do objeto mais presente e atuante das suas vidas: o mobile. E aqui, uma dica, antes que você ache que isso ainda não tem nada a ver com a sua loja, lembre-se: quem é mobile é o seu consumidor, o aparelho que ele usa é portátil.
Entendeu a diferença? O showrooming deixou de ser tendência e se transformou em realidade independente de classe social.  Dê uma olhadinha na sua próxima visita a uma destas redes do varejo estadual ou nacional e veja como as pessoas estão fazendo as pesquisas sobre os produtos e preços. Qual tela o comprador está olhando nestas horas? Qual aparelho está na sua mão?
O O2O vem tomando algumas partes do território chinês como força. Este é um modelo que economiza dinheiro das empresas, realoca empregos, se adapta às demandas de conveniência do cliente e proporciona economia de custos associados aos consumidores. A esta altura você já deve estar se perguntando: Online-to-Offline, isso não me é estranho…nós já não temos isso?
Certamente, o O2O é parte de uma operação multicanal/omnichannel, mas no fundo é muito mais do que isso que vem acontecendo na China. Lá neste novo modelo quase todo os espaços utilizados pelo varejo estão migrando para as periferias, ocupando um terreno menor e menos caro das cidades. As operações chinesas estão alocando em um mesmo espaço:  loja e centro de distribuição. Esse modelo assume essencialmente o melhor das práticas de varejo e atendimento e aumenta exponencialmente o valor do ponto de venda por metro quadrado. As vantagens que percebi neste modelo são:

• Redução dos custos com equipe;
• Realocação de pessoal para outras áreas da empresa;
• Redução dos custos com alugueis, condomínios, segurança;
• Atende às exigências estabelecidas pelos consumidores para maior comodidade durante as compras e mais agilidade;
• Revê o  zoneamento residencial nas cidades, estimulando um crescimento para além dos centros;
• Reduz o custo da cadeia de suprimentos como distâncias entre CD e as Lojas.

Não sei se este modelo funcionará aqui no Brasil, mesmo que, em teoria, pareça um modelo mais eficiente para o varejo. Temos que lembrar o que significa o ato de comprar para os brasileiros. Pensar em implantar modelos de negócios sem considerar contextos e cultura é insanidade, mesmo em tempos tão acelerados.

o2o

O que você tem percebido de diferente na interação com a sua loja preferida?

Texto da Vivianne Vilela publicado no E-commerce Brasil.
Author

O blog Profissional de E-commerce foi criado em outubro de 2012 com o objetivo informar e capacitar o mercado de comércio eletrônico no Brasil.

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