O Que Acontece Lá Fora?
Estados Unidos: Crescimento Acelerado
Nos Estados Unidos, o cenário ainda é de crescimento, mas o live commerce já apresenta números significativos. Estima-se que, até 2026, as vendas por transmissões ao vivo representarão mais de 5% de todas as compras online no país. Grandes varejistas, como Walmart e Amazon, estão investindo no formato, promovendo transmissões ao vivo em suas plataformas e em redes sociais.
E Aqui no Brasil?
No Brasil, o live commerce ainda está em fase de desenvolvimento, mas há sinais promissores. Algumas empresas já relataram crescimento expressivo no GMV (Gross Merchandise Volume) após adotarem o modelo. Em 2023, por exemplo, marcas conseguiram triplicar seu faturamento com transmissões ao vivo, especialmente em datas comerciais como Black Friday.
Apesar disso, existem barreiras importantes a serem superadas. Os hábitos de consumo dos brasileiros ainda não estão totalmente adaptados ao formato, e há desafios tecnológicos, como a qualidade da conexão de internet e a infraestrutura para garantir uma experiência fluida e segura para os consumidores.
A Tecnologia Já Está Pronta – Mas Será Que O Público Está?
Hoje, as principais plataformas sociais já oferecem suporte ao live commerce. O TikTok e o Instagram, por exemplo, estão investindo em ferramentas nativas para facilitar a venda ao vivo, permitindo que os consumidores comprem produtos sem sair da live.
Além disso, plataformas de e-commerce, como Nuvemshop e VTEX, já oferecem integração com transmissões ao vivo, permitindo que as lojas conectem seus canais e promovam vendas diretamente.
O grande diferencial do live commerce é sua capacidade de combinar interação e transparência. Os consumidores podem tirar dúvidas em tempo real, ver demonstrações ao vivo e sentir mais confiança na compra. Isso se encaixa perfeitamente com o comportamento do consumidor brasileiro, que valoriza atendimento humanizado e confiança na hora de comprar online.
Porém, ainda existem desafios a serem superados:
- Horários de transmissão: Como grande parte do público brasileiro trabalha durante o dia, encontrar horários ideais para lives pode ser um desafio.
- Conversão x Expectativa: Nem toda transmissão ao vivo resulta em vendas imediatas. Algumas marcas ainda estão entendendo como otimizar suas estratégias.
- Desafios logísticos: Para garantir uma boa experiência, é fundamental que os produtos vendidos nas lives tenham um processo de entrega rápido e eficiente.
- Empresas Pioneiras Já Estão Testando Esse Modelo
- Casas Bahia e Ponto vêm explorando formatos híbridos, como o “Me Chama no Zap”, onde a experiência digital se conecta com o atendimento humano.
- Magalu já realizou diversas transmissões ao vivo, com influenciadores apresentando ofertas exclusivas para quem acompanha os eventos online.
- TikTok lançou funcionalidades de live shopping, incentivando criadores a promover produtos diretamente durante suas transmissões.
- Marcas de cosméticos, como O Boticário e Quem Disse, Berenice?, começaram a testar formatos de vendas ao vivo, aproveitando a influência digital e o engajamento de suas audiências.
Com essas iniciativas, fica claro que as empresas brasileiras já estão explorando o live commerce, mas a adesão em massa ainda depende da consolidação de boas práticas e de uma cultura de compra mais alinhada a esse formato.
Então, O Live Commerce Vai Bombar em 2025?
Conclusão: O Futuro das Vendas Online Está Cada Vez Mais Interativo
O live commerce não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma evolução natural do e-commerce, que busca mais conexão e engajamento com os consumidores.
Se as barreiras tecnológicas e culturais forem superadas, podemos ver um crescimento exponencial desse formato nos próximos anos.
Uma coisa é certa: as marcas que começarem agora terão uma vantagem competitiva quando essa tendência se consolidar de vez.
Então, vale a pena ficar de olho nessa tendência – e quem sabe até fazer parte dela. Afinal, o próximo grande movimento do e-commerce pode acontecer diante dos seus olhos – e ao vivo!